quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

SURF CRIOULO

sábado, 24 de janeiro de 2015

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

PILA - Moeda oficial dos gaúchos

Pila (substantivo masculino) é um dos nomes pelo qual é referido coloquialmente o dinheiro no Rio Grande do Sul. É a alcunha da moeda vigente no país , com equivalência paritária 1:1; assim, um pila, quer dizer atualmente um real. Usa-se sempre no singular.

Origem do nome
A palavra Pila como moeda, provém do político do Partido Libertador do Rio Grande do Sul , Raul Pilla. Este político e seu partido apoiaram a Revolução Constitucionalista, contra Getúlio Vargas. Como esta revolta foi mais intensa em São Paulo, e teve pouco respaldo no seu estado, ele exilou-se no Uruguai, saido sem levar nenhum dinheiro. Seus partidários, para ajudar no seu sustento, passaram a cotizar-se vendendo bônus com valor de face, que logo passaram a ser negociados, por um breve tempo, como dinheiro entre os seus partidários.

                         

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Bombacha

A bombacha é uma peça de roupa, calças típicas abotoadas no tornozelo, usada pelos gaúchos. O nome foi adotado do termo espanhol "bombacho", que significa "calças largas".

Pode ser feita de brim, linho, tergal, algodão ou tecidos mesclados; de padrão liso, listrado ou xadrez discreto. As cores podem ser claras ou escuras, fugindo-se de cores agressivas, chocantes e contrastantes.

No Rio Grande do Sul, a bombacha, juntamente com toda a indumentária característica do gaúcho, é considerada traje oficial desde 1989, quando foi aprovada a Lei Estadual da Pilcha pela Assembléia Legislativa. De acordo com a Lei, a pilcha gaúcha—o conjunto de vestes tradicionais tanto masculino quanto feminino—pode substituir trajes sociais—ex. terno e gravata para os homens e vestidos de tecidos mais nobres para as mulheres—em qualquer ocasião formal que ocorra no Rio Grande do Sul, inclusive reuniões das Assembléias Legislativas estadual e municipais, desde que se observe as recomendações ditadas pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG).

Origens
A época em que a bombacha começou a ser utilizada pelo gaúcho não é precisa. Existem várias versões para a sua origem.

Uns afirmam que a bombacha foi introduzida por intermédio do comércio britânico na região do Rio da Prata, por volta de 1860, das sobras dos uniformes usados pelas forças coloniais, que copiavam as vestimentas dos povos conquistados. A bombacha seria, então, de origem turca, ou talvez espólio da Guerra da Criméia (como sustenta uma outra versão).

Há também uma versão que diz que, durante a Invasão Moura na Península Ibérica, a calça larga teria se incorporado ao vestuário do norte da Espanha, na região de Maragateria (também chamada "La Maragateria") e depois trazida para a América do Sul pelos maragatos durante a colonização. Portanto, ela teria origem árabe.

Por fim, a última tese é de que a bombacha teria vindo com os habitantes da Ilha da Madeira.

No Rio Grande do Sul, a vestimenta passou a ser utilizada inicialmente pelos mais pobres, no trabalho nas estâncias, logo após a Guerra do Paraguai, por causa da sua funcionalidade. Depois, passou a ser usada por todos.

Tipos de bombacha
Gaúchos na lida campeira, vestindo bombachas
Na Fronteira - são largas, com favos-de-mel (adorno na lateral também conhecido como favos-de-abelha ou ninhos); na cintura se usa, na maioria das vezes, uma larga faixa preta de lã grossa; a guaiaca tem uma ou duas fivelas, uma bolsa ao lado esquerdo para o relógio de bolso, uma bolsa maior nas costas para carregar notas de dinheiro, meio-coldre e uma bolsa menor para carregar as moedas; a faca é usada atravessada às costas.
Na Serra - são estreitas e também possuem favos-de-mel; não se utiliza faixa na cintura; a guaiaca é muitas vezes peluda, o coldre é inteiriço e ao lado esquerdo há um lugar para a faca; as bolsas são encontradas nos mesmos lugares da guaiaca da Fronteira.
No Planalto e nas Missões - são de largura média e também possuem favos-de-mel na parte lateral; não se utiliza faixa na cintura; a guaiaca é idêntica à usada na Fronteira.

Etiqueta
De acordo com a Lei Estadual nº 8.813, de 10 de janeiro de 1989, a forma como a indumentária gaúcha tradicional deve ser utilizada deve seguir as recomendações do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), considerado a autoridade maior da preservação da cultura gaudéria. Entre os principais pontos, destacam-se:
- a largura das pernas da bombacha devem coincidir com a medida da cintura; ou seja, uma bombacha com 40 cm de cintura deve ter 40 cm de largura em cada perna;
- o uso de favos é opcional;
deve-se sempre utilizar a bombacha por dentro das botas;
- é vedado o uso de bombachas coloridas ou plissadas, bem como de camisas de cetim e estampadas, de bonés ou boinas e túnicas militares, quando se está vestindo a pilcha gaúcha;
- não é recomendado o conjunto todo em cor preta (botas, bombacha e camisa), caracterizando o que se chama popularmente por zorro;
- é vedado o uso de bombachas por mulheres em ocasiões formais e fandangos.


VEJA TAMBÉM:
O Chimarrão
A origem do ritmo Bugio
HISTÓRIA DO HINO RIO-GRANDENSE
Companhia aérea oferece chimarrão e tereré para passageiros
Paleteada

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Festa Nacional do Churrasco e Rodeio Crioulo Internacional

Lagoa Vermelha sedia, de 28 de janeiro a 1º de fevereiro de 2015, a Festa Nacional do Churrasco e Rodeio Crioulo Internacional, tendo por local o Parque de Rodeios Ítalo Nunes Mondadori.
Também acontecerão a Mostra de Fotografias, Doces e Comida Campeira.


Na festa, os shows serão atração, iniciando no dia 28 de janeiro e terminando no sábado, 29 de janeiro de 2015. Participações de diversos artistas regionais e com projeção nacional, Tchê Barbaridade, Quinteto Nativista, Vitor – O Imperador dos Trovadores, Grupo Gauderiaço, Ariel Debona, Vinícius Bianchini, Buenas M´espalho, Tatiéle Bueno, Os Monarcas, Cesar Oliveira e Rogério Melo e Luiz Marenco, Rico Baschera e Grupo Tarumã.

Com vasta programação artística e campeira, os organizadores da festa esperam receber mais de 50 mil visitantes. A gineteada sempre é atração, levando milhares de tradicionalistas para o Parque.

O Rodeio Crioulo Internacional de Lagoa Vermelha é uma iniciativa do CTG Alexandre Pato, com apoio da Prefeitura Municipal.
Destaque especial para a realização da Mostra de Fotografias Usos e Costumes do Gaúcho – Eu Sou do Sul e II Encontro Internacional de Tradições Gaúchas, com show de Folclore Internacional.
O concurso de Comida Campeira será novamente atração e terá por local as casas do Acampamento no Mato.
O Parque de Rodeios Ítalo Nunes Mondadori recebe melhorias de usa infraestrutura, buscando recepcionar seus visitantes.
O churrasco de Lagoa Vermelha será ponto alto da festa, onde todos poderão degustar a melhor carne do Brasil.
Confira a programação AQUI

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Lôco Véio nova música de trabalho dos Monarcas

LÔCO VEIO
Anildo Lamaison de Moraes

QUANDO ABRE A TEMPORADA DE RODEIO
TODO O POVO SE PREPARA PRA FESTANÇA
É BONITO DE SE VER UM ENTREVERO
DA INDIADA QUE TRABALHA E NÃO SE CANSA
BOIADEIROS E REBOQUES VÃO TRAZENDO
OS CAVALOS, AS ENCILHAS, MANTIMENTOS
AS BARRACAS VÃO SE ARMANDO E FAZENDO
A ALEGRIA DE MAIS UM ACAMPAMENTO

PEGA A LENHA, FAZ O FOGO
ARMA A TREMPE E PENDURA A CHALEIRA
FAZ UM MATE BEM CEVADO
E DOS PELEGOS UMA CAMA BEM CAMPEIRA
NUMA PANELA DE FERRO
ESPINHAÇO DE OVELHA COZINHANDO
E A CADA AMIGO QUE PASSA
O CAMPEIRO VAI GRITANDO…

MAS TU VEIO… LÔCO VÉIO, ISTO É BOM BARBARIDADE
VÁ SENTANDO TOME UM MATE E ME CONTE AS NOVIDADE
DESDE O ÚLTIMO RODEIO, LÔCO VÉIO QUE A GENTE NÃO SE VIA
EU JÁ ESTAVA COM SAUDADE DESTA TUA ALEGRIA
MAS TU VEIO… LÔCO VÉIO…

QUANDO AS PROVAS CAMPEIRAS INICIAM
VOU PRA PERTO PARA DAR UMA BOMBEADA
ME ALEGRO COM A ARMADA DE UM LAÇO
MAS ME SINTO MAIS FELIZ NA GINETEADA
VENDO OS CAMPEIROS DE’Á CAVALO DEMONSTRANDO
HABILIDADE E DESTREZA NESTA LIDA
É O RETRATO DO RIO GRANDE BEM CAMPEIRO
QUE ALEGRA NOSSA VIDA

QUANDO A NOITE VAI CHEGANDO
E A GRAXA VAI PINGANDO NO BRASEIRO
OS AMIGOS SE APRUMANDO
VÃO CORTANDO UM CHURRASCO BEM CAMPEIRO
OUÇO UM TOQUE DE CORDEONA
É O SURUNGO QUE TÁ QUASE COMEÇANDO
REENCONTRO MUITA PRENDA BONITONA
E AOS PARCEIROS VOU GRITANDO

MAS TU VEIO… LÔCO VÉIO, ISTO É BOM BARBARIDADE…
VÁ SENTANDO TOME UM MATE E ME CONTE AS NOVIDADE
DESDE O ÚLTIMO RODEIO, LÔCO VÉIO QUE A GENTE NÃO SE VIA
EU JÁ ESTAVA COM SAUDADE DESTA TUA ALEGRIA
MAS TU VEIO… LÔCO VÉIO…

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

A origem do ritmo Bugio

Bugio é um estilo musical brasileiro, de compasso binário, originário do estado do Rio Grande do Sul.

O nome do ritmo e os movimentos executados na dança são inspirados no bugio (Alouatta guariba clamitans), primata anteriormente comum no interior gaúcho e hoje ameaçado de extinção. As origens da criação do ritmo são controversas, sendo que algumas pessoas acreditam que tenha surgido na tentativa de imitar o ronco do bugio usando o jogo de fole da gaita.

O bugio era um estilo musical restrito às classes menos desenvolvidas da sociedade gaúcha, sendo aceita aos poucos pela alta sociedade. A dança lembra os movimentos do bugio, com dois passos para cada lado e um pequeno pulo lateral na passagem do segundo para o terceiro movimento.

A autoria da criação é dada à Neneca Gomes, morador da localidade Mato Grande, Quinto Distrito de São Francisco de Assis, porém outros discordam desta ideia, dando o título de criador do ritmo à um outro gaiteiro, morador do Segundo Distrito desta mesma cidade.

Atualmente, existem festivais dedicados ao bugio, como o "Ronco do Bugio" em São Francisco de Paula e o "Querência do Bugio" em São Francisco de Assis.

Adelar Bertussi, mais recentemente, apresentou uma pesquisa intitulada “O Bugio na Mulada”, onde retrata o aparecimento do ritmo em sua terra natal, no interior de São Francisco de Paula. Segundo suas observações, fruto de diversas entrevistas, o gênero já era dançado na região serrana, antes de 1918, pelos bugres descendentes dos índios caingangues que habitavam as encostas do Rio das Antas e os tropeiros birivas açorianos. Uma coisa é certa: foram eles, Os Irmãos Bertussi, os primeiros a gravar um bugio, intitulado Casamento da Doralice, no LP Coração Gaúcho.

Os Serranos é um tradicional conjunto musical gauchesco, criado em 1968 em Bom Jesus, uma cidade localizada na serra do Rio Grande do Sul. Os Serranos é um dos poucos conjuntos de música gaúcha que ainda preserva o ritmo bugio em seu repertório. Seu principal compositor, Edson Dutra, um grande "tocador de bugios", é um exímio instrumentista, com forte influência dos Irmãos Bertussi.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Palavras e expressões gauchescas

Cacetinho: Pão francês.
Bergamota: Tangerina.
Guri: Menino.
Vivente: Pessoa.
Pechada: Acidente.
Invaretado: Nervoso.
Paiêro: Fumo de palha.
Daí Tchê: Oi.
Camassada de Pau: Apanhar.
Vortiada: Passeio.
Pestiado: Com gripe.
Atorá: Cortar.
Inticá: Provocar.
Ínôzá: Amarrar.
Pozá: Dormir em algum lugar.
Charla: Conversa.
Táio: Corte.
Borracho: Bêbado.
Pila: Real, dinheiro.
Bochincho: Festa informal.
Quebra Molas: Lombada.
Pelear: Brigar, lutar, combater, pelejar, teimar, disputar.
Surungo: Arrasta pé, baile de baixa classe, caroço.
Cagaço: Grande susto, medo.
Tri Atucanado: Muito ocupado.
Lagartear: Expor-se ao sol preguiçosamente, deitar-se ou sentar-se ao sol em dia de bastante frio com intenção de aquecer o corpo. Tem tom pejorativo, sendo associada à preguiça.
Brigadiano: Policial militar da Brigada Militar (corporação equivalente à Polícia Militar).
Tchê: Usada para expressar qualquer sentimento de espanto, susto, ou qualquer exclamação.
Bah: Abreviação de barbaridade. Expressão usada para demonstrar surpresa, indignação.
Pulperia: Bodega.
Negrinho: Brigadeiro.
Branquinho: Beijinho.
Patrão velho: Deus.
Réco: Zíper.
Torrada: Misto-quente.
Despacito: Devagar.
Matungo: Cavalo velho.
Naco: Pedaço.
Lombeira: Preguiça.
Quebra costela: Abraço.
Solito: Sozinho.
Chasque: Recado, mensagem.
Sinaleira: Semáforo.
Azucrinado: Incomodado.
Tu não me tira pra loco.
Bah, te larguei de mão.
Vai te deita, chinelão.
Bah, não rateia.
Não te fresqueia.
Mas que indiada.
Não tá morto quem peleia.
Esse é galo véio!
Não te faz.
Agora tô lascado!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Companhia aérea oferece chimarrão e tereré para passageiros

O tereré, bebida nacional do Paraguai, e o chimarrão, consumido no sul do Brasil e também na Argentina e no Uruguai, são oferecidos aos passageiros dos voos de uma companhia aérea privada paraguaia.

A Sol do Paraguai opera regularmente entre Assunção e Buenos Aires com dois voos diários e, entre a capital e Ciudad del Este, na fronteira com o Brasil.

O serviço inclui opcionalmente chimarrão ou tereré (que nada mais é que o chimarrão frio) e é completado com um canudo descartável e um recipiente de erva-mate à disposição do passageiro, explicou a companhia aérea.

O passageiro poderá, assim, substituir a água mineral e os refrigerantes durante os voos.

O tereré é uma bebida autóctone que os paraguaios consomem a todo o momento para resistir aos rigores do calor. Já o chimarrão costuma ser mais consumido durante o inverno. EFE

HISTÓRIA DO HINO RIO-GRANDENSE

LETRAS E AUTORES

O Hino Rio-Grandense que hoje cantamos tem a sua história particular e, porque não dizer, peculiar. Porque muitas controvérsias apresentou, desde seus tempos de criação até os tempos de então. Oficialmente existe o registro de três letras para o hino, desde os tempos do Decênio Heróico até aos nossos dias. Num espaço de tempo de quase um século foram utilizadas três letras diferentes até que finalmente foi resolvido, por uma comissão abalizada, que somente um deles deveria figurar como hino oficial.

O PRIMEIRO HINO

A história real do Hino, começa com a tomada da então Vila de Rio Pardo, pelas forças revolucionárias farroupilhas. Ocasião em que foram aprisionados uma unidade do Exército Imperial, o 2° Batalhão, inclusive com a sua banda de música. E o mestre desta banda musical, Joaquim José de Mendanha, mineiro de nascimento que também foi feito prisioneiro era um músico muito famoso e considerado um grande compositor. Após a sua prisão ele, Mendanha, teria sido convencido a compor uma peça musical que homenageasse a vitória das forças farroupilhas, ou seja a brilhante vitória de 30 de abril de 1838, no célebre “Combate de Rio Pardo”.
Mendanha, diante das circunstâncias, resolveu compor uma música que, segundo alguns autores, era um plágio de uma valsa de Strauss. A melodia composta por Mendanha era apenas musicada. E o capitão Serafim José de Alencastre, pertencente as hostes farrapas e que também era versado em música e poesia, entusiasmado pelos acontecimentos, resolveu escrever uma letra alusiva à tomada de Rio Pardo.

O SEGUNDO HINO

Quase um ano após a tomada de Rio Pardo, foi composta uma nova letra e que foi cantada como Hino Nacional, o autor deste hino é desconhecido, oficialmente ele é dado como criação de autor ignorado. O jornal “O Povo”, considerado o jornal da República Riograndense em sua edição de 4 de maio de 1839 chamou-o de “o Hino da Nação”.

O TERCEIRO HINO

Após o término do movimento apareceu uma terceira letra, desta vez com autor conhecido: Francisco Pinto da Fontoura, vulgo “o Chiquinho da Vovó”. Esta terceira versão foi a que mais caiu no agrado da alma popular. Um fato que contribui para isto foi que o autor, depois de pronto este terceiro hino, continuou ensinando aos seus contemporâneos o hino com sua letra. A letra deste autor é basicamente a mesma adotada como sendo a oficial até hoje, mas a segunda estrofe, que foi suprimida posteriormente, era a seguinte:

Entre nós reviva Atenas
Para assombro dos tiranos;
Sejamos gregos na Glória,
E na virtude, romanos.

O HINO DEFINITIVO

1933, ano em que estavam no auge os preparativos para a “Semana do Centenário da Revolução Farroupilha”. Nesse momento um grupo de intelectuais resolveu escolher uma das versões para ser a letra oficial do hino do Rio Grande do Sul.
A partir daí, o Instituto Histórico contando com a colaboração da Sociedade Rio-Grandense de Educação, fez a harmonização e a oficialização do hino. O Hino foi então adotado naquele ano de 1934, com a letra total conforme fora escrito pelo autor, no século passado, caindo em desuso os outros poemas.
No ano de 1966, o Hino foi oficializado como Hino Farroupilha ou Hino Rio-Grandense, por força da lei 5213 de 05 de janeiro de 1966, quando foi suprimida a segunda estrofe.

HINO RIO-GRANDENSE

LETRA
Francisco Pinto da Fontoura
(vulgo Chiquinho da Vovó)

MÚSICA
Comendador Maestro Joaquim José de Mendanha

HARMONIZAÇÃO
Antônio Corte Real

Como a aurora precursora
do farol da divindade,
foi o Vinte de Setembro
o precursor da liberdade.

Refrão
Mostremos valor, constância,
Nesta ímpia e injusta guerra,
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra,
De modelo a toda terra.
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra.

Mas não basta pra ser livre
ser forte, aguerrido e bravo,
povo que não tem virtude
acaba por ser escravo.

Refrão
Mostremos valor, constância,
Nesta ímpia e injusta guerra,
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra,
De modelo a toda terra.
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Santa Cruz do Sul sediará Fecars em março de 2015

A 27a edição da Festa Campeira do Rio Grande do Sul (Fecars) já tem data e local para acontecer. A programação movimentará o Parque de Eventos de Santa Cruz do Sul entre os dias 19 e 22 de março de 2015 com provas campeiras e esportivas. A confirmação é do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Ciência e Tecnologia, Cesar Cechinato que, nesta semana, reuniu-se com a diretoria do Movimento Tradicionalista Gaúcho na presença do prefeito Telmo Kirst.

Além das definições acerca da programação, no encontro foram abordadas as melhorias previstas pela Prefeitura no Parque de Eventos para garantir uma estrutura confortável e segura, tanto para as disputas quanto para o acampamento. Conforme Cechinato, toda a área de esportes será revitalizada, com reforço na iluminação da cancha; intervenções nas cabines dos narradores; reforma nas canchas de laço, mangueiras e bretes e melhorias na área de acampamento. Já o espaço do Autódromo poderá ser utilizado para o estacionamento.

“Santa Cruz é o primeiro município da 5a Região Tradicionalista a sediar a Fecars e espera atrair um público estimado em 40 mil pessoas. Além do Enart, que há quase 20 anos ocorre no Parque da Oktoberfest, este é mais um grande evento tradicionalista que recebemos, tornando nosso município a meca da tradição gaúcha”, declarou o secretário.

O presidente do MTG, Manoelito Savaris, também destacou a parceria entre o município e a entidade e o carinho dos tradicionalistas em relação a Santa Cruz. “Além disso, por estar localizado no centro do Estado, o município possui ótima localização geográfica, favorecendo a participação de competidores das 30 regiões tradicionalistas”, destacou. Também participou da reunião o vice-presidente do MTG, Nairoli Callegaro.

Fonte: Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Sul

AGENDA DE FESTIVAIS - 1º SEMESTRE 2015

JANEIRO:
09 a 11: 33ª Gauderiada da Canção Gaúcha – Rosário do Sul
14 a 17: 19ª Seara da Canção - Carazinho
30/01 a 01/02: 28ª Comparsa da Canção – Pinheiro Machado

FEVEREIRO:
05 e 07: 19º Terra e Cor da Canção Nativa - Pedro Osório
05 a 08: 20º Acampamento da Arte Gaúcha - Tapes
06 a 08: 4º Canto Circulista - São Gabriel
20: 2º Acampamentinho da Canção - Campo Bom
21: 13º Bivaque da Poesia Gaúcha - Campo Bom
21 e 22: 14º Acampamento da Canção Nativa – Campo Bom
27: 1º Esteio da Poesia Gaúcha - Esteio

MARÇO:
13 e 14: 2º Salina da Canção – Balneário Pinhal
20: 7º Festival César Passarinho - Caxias do Sul
21: 8ª Querência da Poesia Gaúcha - Caxias do Sul
26 a 28: 8º Canto Missioneiro – Santo Ângelo
27 a 29: 16º Canto da Lagoa - Encantado

ABRIL:
02 a 05: 44º Festival da Barranca - São Borja
09 a 12: 31º Reponte da Canção – São Lourenço do Sul
10 a 12: 7º Gruta em Canto – Nova Esperança do Sul
24 a 26: 4º Canto Campeiro - Viamão

MAIO:
03 e 04: 1º Canto do Charão - Muitos Capões
09 a 11: 12ª Sentinela da Canção - Caçapava do Sul
29 a 1º/06: 29º Carijo da Canção - Palmeira das Missões
31: 24ª Tafona da Canção - Osório
31 e 1º/06: 22ª Sapecada da Canção - Lages/SC

JUNHO:
26 a 28: 29º Ronda de São Pedro - São Borja

Paleteada

A paleteada é uma das provas de campo mais conhecidas no Brasil e a mais decisiva do Freio de Ouro. Embora tenha surgido no Rio Grande do Sul - quando se transformou a última etapa do Freio em uma modalidade separada - hoje também é muito popular nos Estados de Santa Catarina e Paraná.
A popularidade da competição que atrai grande público até hoje contribuiu para que a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) a oficializasse em 1994, quatro anos após a realização da primeira prova não oficial, no município gaúcho de Guaíba.

A paleteada é realizada em dupla e testa a habilidade dos cavaleiros com o gado, além de avaliar a força, a rusticidade e a submissão do cavalo Crioulo. Na competição, um bovino é largado em uma raia de 110m e cabe aos ginetes prensar o animal com os seus cavalos e conduzi-lo até a porteira mais estreita por um percurso pré-definido.
Para chegar até a porteira final os competidores passam por outras três que vão se afunilando, a primeira tem oito metros de largura e a última três. As duplas são avaliadas por uma comissão técnica que dá notas aos ginetes de acordo com seus desempenhos e domínio sobre o bovino. Vence a dupla com maior pontuação.

O grande número de adeptos a esta competição fez com que a ABCCC fizesse alterações no regulamento e criasse uma Força B criada para proporcionar a entrada de novos ginetes na modalidade e a reintegração de antigos nomes. As classificatórias acontecem em diversas regiões do Brasil e a grande final nacional ocorre durante a Expointer. Cada credenciadora deve ter no mínimo três duplas.

Fonte: ABCCC

sábado, 3 de janeiro de 2015

Os principais lançamentos da música gaúcha do mês de janeiro

GRAVADORA VERTICAL

Chiquito & Bordoneio - Marca Gaúcha 

Depois de marcar seu nome definitivamente na história de nossa música, reunindo e homenageando muitos dos grandes nomes do cancioneiro regional no DVD A História Viva da Música Gaúcha, Chiquito & Bordoneio agora mostram que firmaram o pé neste caminho. Em Marca Gaúcha, mostram um repertório mais que especial e, principalmente, com total predominância dos estilos e temas tradicionais. Alguns exemplos são "Limpa-banco em Dó Maior", "Comparsão de Janeiro", "Parceiro das Madrugadas" e a faixa-título. Um balaço!

1 - Limpa-banco em Dó Maior
2 - Marca Gaúcha
3 - Web Mate
4 - Chegou Minha Hora
5 - Comparsão de Janeiro
6 - Baile de Rodeio
7 - Se Não For Por Amor
8 - Meus Aperos
9 - Rancheira da Maruca
10 - Contando Estrelas
11 - Tropa Mal-assombrada
12 - Parceiro das Madrugadas
13 - Madrugadas
14 - Eu Vou de Azulzinho
15 - Só Por Você
16 - Contra o Tempo
17 - Fandango e Rodeio
18 - Te Quero Demais

Grupo Reponte: 25 Anos - Cantando Com Amigos 

E que tal chamar vários amigos praquela quarteada num novo CD? Pois o Reponte, estreando na Vertical, foi engenhoso e inteligente nesta tarefa. Chamou, Kiko (Os Serranos), Régis Marques (Grupo Rodeio), Sandro Coelho e outros parceiros para então colocar no mercado um disco bem gaúcho! Desde a abertura com "Me Chamam Gaúcho" e passando por "Campeira" (primeira música de trabalho), "Fogão de Tropeiro" e "Santo Chão Fandangueiro", o resultado tem estilo e, principalmente, personalidade pra se destacar nas rádios!

1 - Me Chamam Gaúcho
2 - Campeira
3 - Vô Varrendo
4 - Negro dos Redomão
5 - Fogão de Tropeiro
6 - Arteie o Rádio, Vivente
7 - Santo Chão Fandangueiro
8 - Cueinheinhein Praguenta
9 - Um Sonho a Dois
10 - Eta Vida Boa




Xirú Missioneiro - Simplicidade

Quem não aprecia a autenticidade e o jeito todo especial de interpretar do Xirú Missioneiro, não tem contato com uma música sincera e de muito fundamento. As peripécias de seu repertório são originais e, ao mesmo tempo, cheias de simplicidade. E o culto ao Rio Grande está sempre presente, deixando evidente o imenso amor à própria terra deste grande intérprete. Xirú está hilário em "Pé no Saco", "O Funk Não É Pro Tio", "A Vergonha da Paixão" e "Festinha Lá em Casa". Mas também firme no gauchismo de "Simplicidade", "Mandando Bota", "Entrega de Tropa" e outras.

1 - Simplicidade
2 - Repertório Limitado
3 - Mandando Bota
4 - Mistérios da Noite
5 - Um Fandango na Argentina
6 - Pé no Saco
7 - Chica Mulata
8 - O Funk Não É Pro Tio
9 - Entrega de Tropa
10 - Foi Deus
11 - A Vergonha da Paixão
12 - Contragosto
13 - Canjica da Tia Chica
14 - Balanceando as Melena
15 - Festinha Lá em Casa
16 - Metendo Espora e Soiteira
17 - Só Canto o Que Conheço
18 - Lembrando da Mimosa

Querência - Taí a Dona Vaneira 

Um grupo com mais de 30 anos de trajetória não está na música gaúcha a passeio. O Querência é, sem qualquer dúvida, um nome que garante música de qualidade e um ótimo baile. Neste novo CD, fez uma cuidadosa escolha para desfilar músicas de fundamento. Os destaques, além da faixa-título, são "A Pelagem dos Cavalos", "A Estrela Torta da Espora", "Velha Vaneira" e a excelente regravação de "Onde Andará". Também vale a citação de "Grito dos Bons", um desabafo ante a situação de nossa terra.

1 - Taí a Dona Vaneira
2 - Mulher Feia
3 - A Pelagem dos Cavalos
4 - A Estrela Torta da Espora
5 - Ânsia Estradeira
6 - Uma Chance Pra Nós Dois
7 - Grito dos Bons
8 - Velha Vaneira
9 - O Candidato
10 - Onde Andará
11 - Eu Preciso de Você
12 - Saudade Dói
13 - Bailanta das Cabritas


Rock de Galpão: Volume II - Ao Vivo nas Missões

Não há na música recente do sul um projeto tão inovador, original e, ao mesmo tempo, de tamanho valor cultural e artístico quanto este Rock de Galpão. O segundo volume ao vivo homenageia o vasto manancial da música das Missões, também contemplando grandes canções dos áureos tempos dos festivais. O desfile é clássico, com "Recuerdos da 28", "Gaudêncio Sete Luas", "Prenda Minha", "Cordas de Espinho", "Canto dos Livres" e muito, muito mais! Destaque para a participação de Mário Barbará em "Couro Cru" e, especialmente, o megaclássico "Desgarrados".

1 - Milonga Para as Missões
2 - Recuerdos da 28
3 - Gaudêncio Sete Luas
4 - Yo Tengo Tantos Hermanos (Los Hermanos)
5 - Prenda Minha
6 - Desgarrados
7 - Romance do Pala Velho
8 - Cordas de Espinho
9 - Entrando no M'Bororé
10 - Paraíso Perdido
11 - Canto dos Livres
12 - Couro Cru
13 - Eu Reconheço Que Sou Um Grosso
14 - Os Homens de Preto
15 - Amigo Punk
16 - Não Podemo Se Entregá Pros Home

GRAVADORA ACIT

Pedro Ortaça - Pedro Ortaça & Filhos


Don Pedro Ortaça é um grande artista missioneiro e passou essa admiração pela terra para seus filhos. O CD Pedro Ortaça & Filhos reflete o amor pela música missioneira e o legado deixado de pai para filhos.
A produção de cada uma das dezesseis faixas, Pedro e filhos mostraram sintonia, comprometimento e inovação. Gabriel, Marianita e Alberto participam ativamente, emprestando suas belíssimas vozes para letras que cultuam a terra missioneira. Assim como o pai Pedro Ortaça deixa registrado o seu timbre, forte e incomparável.

Para o amigo da família Fausto J. L. Domingues, o talento e a sensibilidade de PEDRO ORTAÇA E FILHOS promovem neste disco um peculiar encontro da autêntica música missioneira com a mais expressiva e genuína poética sul-rio-grandense. Além dos fundamentais e incomparáveis poemas de AURELIANO DE FIGUEIREDO PINTO e do improviso mágico e inteligente de JAYME CAETANO BRAUN, os músicos missioneiros recolheram versos de CHICO RIBEIRO, verdadeiras joias engastadas no coração do Rio Grande. Construída com esmero e harmoniosamente, dessa simbiose emerge o trabalho fascinante de várias vocações para o milagre da criação artística com fortes entonações gauchescas e diáfana musicalidade.”

Luiz Carlos Borges - Ao vivo - Edição Especial DVD + CD

Por Luiz Carlos Borges

Deus me deu o dom da música e ainda proporcionou-me durante o percurso, conhecer pessoas que se tornaram meus grandes amigos e, inúmeros colegas com quem pude somar meu trabalho, dividir meus sonhos musicais e projetar um futuro. Se tivesse de recomeçar tudo, não desejaria que Deus movesse uma só vírgula de minha trajetória. O amor que sinto pela família e pelos amigos, é o mesmo que tenho pela música e pela vida.

Enquanto tiver saúde, disposição e inspiração, seguirei compondo, tocando e cantando canções como as que entrego em minha discografia onde certamente está minha história profissional e também de vida, porque sempre estiveram juntas.

Oswaldir & Carlos Magrão - 25 Anos - Ao vivo


sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

O Chimarrão

O chimarrão ou mate é uma bebida característica da cultura do sul da América do Sul, legada pelas culturas indígenas caingangues, quíchuas, aimarás e guaranis. É composto por uma cuia, uma bomba, erva-mate moída e água a aproximadamente 80 graus centígrados. O termo mate (oriundo do quíchua mati) como sinônimo de chimarrão é mais utilizado nos países de língua castelhana. O termo "chimarrão" é o mais adotado no Brasil, sendo um termo oriundo da palavra castelhana rioplatense cimarrón.

Os primeiros povos de que se tem conhecimento de terem feito uso da erva-mate são os índios guaranis, que habitavam a região definida pelas bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai na época da chegada dos colonizadores espanhóis; e os índios caingangues, que habitavam o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Misiones. Da metade do século XVI até 1632, a extração de erva-mate era a atividade econômica mais importante da Província Del Guayrá, território que abrangia praticamente o Paraná, e no qual foram fundadas três cidades espanholas e quinze reduções jesuíticas.

O chimarrão chegou a ser proibido no sul do Brasil durante o século XVI, sendo considerado "erva do diabo" pelos padres jesuítas das reduções do Guairá. A partir do século XVII, no entanto, os mesmos mudaram sua atitude para com a bebida e passaram a incentivar seu uso com o objetivo de afastar a população local do consumo de bebidas alcoólicas.

O Chimarrão

O chimarrão é montado com erva-mate moída, adicionada de água quente (sem ferver, aproximadamente 80°C). Tem gosto mais ou menos amargo, dependendo da qualidade da erva-mate, que, pronta para o uso, consiste em folhas e ramos finos (menos de 1,5 milímetros), secos e triturados, passados em peneira grossa, de cor que varia do verde ao amarelo-palha, havendo uma grande variedade de tipos, uns mais finos, outros mais encorpados, vendidos a diversos preços. O predomínio de folhas ou talos em sua composição, bem como sua granulometria, variam de região para região.

Um aparato fundamental para o chimarrão é a cuia, vasilha feita do fruto da cuieira ou do porongo, que pode ser simples ou mesmo ricamente lavrada e ornada em ouro, prata e outros metais, com a largura de uma boa caneca e a altura de um copo fundo, no formato de um seio de mulher (no caso do porongo) ou no de uma esfera (no caso da cuieira). Há quem tome chimarrão em outros recipientes, mas a prática é geralmente mal vista.

O outro talher indispensável é a bomba ou bombilha, um canudo de cerca de seis a nove milímetros de diâmetro, normalmente feito em prata lavrada e muitas vezes ornado com pedras preciosas, de cerca de 25 centímetros de comprimento, em cuja extremidade inferior há um pequeno filtro do tamanho de uma moeda e, na extremidade superior, um bocal, muitas vezes executado em folhas de ouro para evitar a oxidação de metais menos nobres.

Propriedades medicinais e nutritivas

Estudos detectaram, na bebida, a presença de muitas vitaminas, como as do complexo B, a vitamina C e a vitamina D, e de sais minerais, como cálcio, manganês e potássio. Combate os radicais livres. Auxilia na digestão e produz efeitos antirreumático, diurético, estimulante e laxante. Não é indicado para pessoas que sofrem de insônia e nervosismo, pois é estimulante natural. Contém saponina, que é um dos componentes da testosterona, razão pela qual melhora a libido.

Análises e estudos sobre a erva-mate têm revelado uma composição que identifica diversas propriedades benéficas ao ser humano, pois estão contidos, nas folhas da erva-mate, alcaloides (cafeína, teofilina, teobromina etc.), ácidos fólicos e cafeico (taninos), vitaminas (A, B1, B2, C, e E), sais minerais (alumínio, ferro, fósforo, cálcio, magnésio, manganês e potássio), proteínas (aminoácidos essenciais), glicídeos (frutose, glucose, sacarose etc.), lipídios (óleos essenciais e substâncias ceráceas), além de celulose, dextrina, sacarina e gomas.

O consumo da erva-mate está relacionado também ao poder que ela tem de estimular a atividade física e mental, atuando beneficamente sobre os nervos e músculos, combatendo a fadiga, proporcionando a sensação de saciedade, sem provocar efeitos colaterais como insônia e irritabilidade (apenas pessoas sensíveis aos estimulantes contidos na erva-mate podem sofrer algum efeito colateral). A erva também atua sobre a circulação, acelerando o ritmo cardíaco e harmonizando o funcionamento bulbo medular. Age sobre o tubo digestivo, facilitando a digestão sendo diurética e laxativa. É considerada ainda um ótimo remédio para a pele e reguladora das funções cardíacas e respiratórias, além de exercer importante papel na regeneração celular.

Assim, os pesquisadores concluíram que o mate contém praticamente todas as vitaminas necessárias para sustentar a vida, e que a erva-mate é uma planta indiscutivelmente especial, já que é muito difícil encontrar em qualquer lugar do mundo outra planta que se iguale ao seu valor nutricional.

Características

Uma cuia e uma bomba
Digestiva
É um moderado diurético
Estimulante das atividades físicas e mentais
Auxiliar na regeneração celular
Elimina a fadiga
Contém vitaminas - A, B1, B2, C e E
É rica em sais minerais como cálcio, ferro, fósforo, potássio e manganês
É um estimulante natural que não tem contraindicações
É vasodilatador: atua sobre a circulação, acelerando o ritmo cardíaco
Auxiliar no combate ao colesterol ruim (LDL), graças a sua ação antioxidante
Por ser estimulante, possui, também, poderes afrodisíacos, graças à vitamina E presente na erva-mate
É rica em flavonoides (antioxidantes vegetais) que protegem as células e previnem o envelhecimento precoce, tendo um efeito mais duradouro pela forma especial como se toma o mate
Segundo o médico pesquisador Oly Schwingel, é indicado o uso do chimarrão de duas a três vezes ao dia
Previne a osteoporose, fortalecendo a estrutura óssea graças ao cálcio e às vitaminas contidas na erva-mate
Contribui na estabilidade dos sintomas da gota (excesso de ácido úrico no organismo)
É rico em fibras que contribuem para o bom funcionamento do intestino
Auxiliar em dietas de emagrecimento
Atua beneficamente sobre os nervos e músculos
Regulador das funções cardíacas e respiratórias
Segundo o Instituto Pasteur da França e a Sociedade Científica de Paris, a erva-mate possui praticamente todas as vitaminas essenciai
s à manutenção da vida humana.

Etiqueta

O chimarrão tradicionalmente é uma "bebida coletiva", hábito derivado da tradição indígena de compartilhar a bebida em rituais comunitários.
 Porém é comum alguns aficionados o tomarem durante todo o dia, mesmo a sós. Embora seja cotidiano o seu consumo doméstico, principalmente quando a família se reúne, é quase obrigatório quando chegam visitas ou hóspedes. O chimarrão é símbolo da hospitalidade sulista: quem chega como visita em uma casa dessa região, é logo recebido com uma cuia de chimarrão. Então assume-se um ar mais cerimonial e ritualístico, embora sem os rigores de cerimônias como a do chá japonês.

O mate servido

A água não pode estar em estado fervente, pois isso queima a erva e modifica seu gosto. Deve apenas esquentar o suficiente para "chiar" na chaleira. Enquanto a água esquenta, o dono (ou dona) da casa prepara o chimarrão na cuia.

Há quem diga que isso acaba estabelecendo a hierarquia social dos presentes, mas é unânime o entendimento de que tomar chimarrão é um ato amistoso e agregador entre os que o fazem, comparado muitas vezes com o costume do cachimbo da paz dos índios norte-americanos. Enquanto você passa o chimarrão para o próximo bebê-lo, ele vai ficando melhor, mais suave. Isso é interpretado poeticamente como você desejar algo de bom para a pessoa ao lado e, consequentemente, às outras que também irão beber o chimarrão.

Nesse cenário, o preparador é quem é visto mais altruisticamente. Além de prepará-lo para outras pessoas poderem apreciá-lo, é o primeiro a beber, em sinal de educação, para testar a temperatura e o gosto do primeiro chimarrão que é o mais amargo. Também é de praxe o preparador encher novamente a cuia com água morna (sobre a mesma erva-mate) antes de passar cuia, para as mãos de outra pessoa (ou da pessoa mais proeminente presente), que, depois de sugar toda a água, deve também renovar a água antes de passar a cuia ao próximo presente.

Na Região da Campanha do Rio Grande do Sul, a roda do mate, começa com o preparador (geralmente o dono da casa ou estabelecimento, em locais mais informais, o dono dos apetrechos) tomando o primeiro e o segundo chimarrão, que depois é passado para o primeiro à sua esquerda, e assim sucessivamente. Pode-se entrar na roda de chimarrão a qualquer momento, mas depois de estar nela, o correto é esperar até que chegue sua vez novamente e ninguém deve ser favorecido, passando o chimarrão fora da ordem. Após terminar o chimarrão, devolve-se a cuia com a mão direita para quem está servindo. Também não costuma-se agradecer a cada chimarrão consumido, pois quando alguém pronuncia a palavra "obrigado" na roda de chimarrão, ao final de um mate, devolvendo a cuia, é sinal que está satisfeito e não beberá mais o chimarrão naquela oportunidade.

Consumo

Ainda hoje, é hábito fortemente arraigado na Argentina; no Uruguai; em partes da Bolívia e do Chile; nos estados brasileiros do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e em partes de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

A Boleadeira

Boleadeira é uma espécie de funda, uma arma muito utilizada pelo gaúcho criada em 18 de fevereiro de 1603 para caçar nas grandes pradarias do pampa riograndense, uruguaio e argentino. Era lançada nos pés do animal enquanto ele corria, causando-lhe assim a queda e possibilitando ao caçador ir ao local dessa queda e matar o animal.

A boleadeira é composta de bolas metálicas ou pedras arredondadas (bolas ou boleadoras em castelhano) amarradas entre si por cordas tendo em cada uma das extremidades uma das bolas, em comparação com o lariat ou riata do cowboy.

Lançadas girando sobre si, elas vão ao encontro do alvo, geralmente as pernas de um animal quadrúpede, que leva um tombo na hora, ficando imobilizado. Usada normalmente na captura do gado na campanha, as boleadeiras também foram mais tarde utilizadas na guerra.

A boleadeira é a herança que as tribos autóctones da região do Plata deixaram aos gaúchos. Entre todos os utensílios de caça e/ou armas utilizados pelos gaúchos, nenhum é mais característico e mais peculiar que a boleadeira.

Não há dúvidas de que os espanhóis, e os europeus em geral, desconheciam totalmente o uso da boleadeira ao iniciar a conquista do continente americano.


Após ter sido usada por longos anos como instrumento de caça, quando era lançada nos pés dos animais enquanto corriam, causando assim a sua queda e possibilitando o abate, a boleadeira foi ainda utilizada na defesa pessoal antes de passar a fazer parte dos espetáculos de danças tradiconalistas gaúchas.


Foi no circo que a boleadeira começou a ser usada como espetáculo. A atração evoluiu e se transformou numa dança folclórica que usa a velocidade e exije extrema precisão de movimentos.


Boleadeiras
Ainda que as investigações arqueológicas permitam afirmar que o uso foi conhecido na Europa, Ásia e África, é evidente que isto aconteceu na pré-história, posteriormente sendo esquecido.

Na América do Norte e outras regiões da América correu algo parecido; deste modo, com exceção da área compreendida pelo antigo império Inca e suas zonas de influência (Equador, Peru e Bolívia), todos os atuais territórios argentino e uruguaio e a região sul do estado brasileiro do Rio Grande do Sul, apenas os nativos da Groenlândia as conheciam, em uma versão mais leve, utilizando-as para a caça de aves em voo.

No Chile, foram descobertas bolas de pedra em áreas arqueológicas e mesmo que seja conhecido seu uso como arma na região, é evidente que não estavam mais em uso na época da conquista espanhola.

Na Bolívia, o uso das boleadeiras foi abandonado pouco depois do início da colonização, apenas algumas tribos - aymarás e urus - continuaram usando uma arma, do mesmo tipo que os groenlandeses, para caça de aves.

Há portanto, uma área fundamental, historicamente, dentro da região onde a boleadeira foi utilizada, constituída pela região uruguaio-riograndense. Ali a boleadeira, convertida em primeira arma de guerra pelos grupos indígenas que passaram a utilizar cavalos como montaria: charruas, minuanos, guaranis etc., foi muito bem recebida como herança cultural.

Os índios usavam dois tipos bem diferentes de boleadeiras, de uma e duas bolas.

A chamada "bola perdida", com apenas uma bola, do tamanho aproximado de um punho fechado, era usada como arma sendo lançada para atingir a cabeça do inimigo.

A boleadeira de duas bolas , ou nhanduzeira (avestruzeira) é utilizada para caça, especialmente do nhandu ou ema enredando-se nas patas do animal quando lançada. Também foi usada pelos índios nas guerras, para enredar as patas dos cavalos montados pelos conquistadores, causando a queda dos dois e possibilitando o ataque e morte do cavaleiro.

Ao que tudo indica, a boleadeira de três bolas - também chamada de Três Marias - foi criada, com base na boleadeira de duas bolas dos índios, pelos homens do pampa. Ela também tem seu uso principal na caça, sendo utilizada eventualmente na guerra, da mesma forma que a de duas bolas. Era um utensílio muito utilizado para capturar os animais de pequeno e médio porte.